domingo, 24 de fevereiro de 2019

O lado místico do Carnaval

Todos nós sabemos que o Brasil só começa a funcionar depois do Carnaval e isso já virou jargão no mundo inteiro. Tudo bem que, para quem gosta da folia, de curtir as brincadeiras que a festa oferece, é muito bom, mas... sabemos também que o evento tem seu lado misterioso e muitas vezes sombrio, a que muita gente desconhece.

Então, como lidar com o lado da festa de Momo que a maioria dos foliões não sabem que existe?
O Carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica em 590 d.C.
É um período de festas regidas pelo ano lunar no cristianismo da Idade Média. O período do Carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou do latim "carne vale" dando origem ao termo "Carnaval".

Durante o período, havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no carnaval parisiense para implantar suas novas festas carnavalescas. Já o Rio de Janeiro criou e exportou o estilo de fazer carnaval com desfiles de escolas de samba para outras cidades do mundo, como São Paulo, Tóquio e Helsinque, capital da Finlândia.

Antes que o colorido das roupas e fantasias tome as ruas, encantando foliões de todas as partes do mundo, o místico aporta na vida de quem ama o Carnaval. O desfile de uma agremiação, por mais que ganhe maior destaque nos dias da Festa de Momo, pode não representar uma festa profana ou simplesmente uma manifestação popular. A cultura carnavalesca, em diversos casos, divide espaço com a religião ou com o universo místico de histórias e experiências descritas por quem vive um bloco ou desfruta das batidas de um maracatu. Há quem diga, por exemplo, que não existe divisão ou diferença entre a apresentação de uma nação nas ruas e a crença religiosa praticada nos terreiros de candomblé. Em outras palavras, quando a nação está nas vias públicas, em pleno carnaval, arrastando milhares de foliões, ela não está simplesmente fazendo desfile carnavalesco. Trata-se de um momento de adoração e louvor às entidades, com respeito, seriedade e dedicação aos ensinamentos de matriz africana.

No Carnaval de Pernambuco, mais precisamente nas ladeiras e históricas ruas estreitas de Olinda, um “gigante”, que arrasta todos os anos milhares de foliões e admiradores, representa muito mais do que uma agremiação carnavalesca. O Homem da Meia Noite, considerado uma das maiores atrações do Carnaval pernambucano, carrega na sua história experiências místicas e religiosas. Não são poucas as pessoas que descrevem o momento que o relógio marca 0 hora e o gigante sai da sua sede e passa a transmitir uma energia “inexplicável” para quem presencia. “Só sabe o que é isso quem já foi para o Homem da Meia Noite” é uma das frases mais comentadas pelos foliões que não perdem o desfile.
Respeitado como um calunga, a história do Homem da Meia noite é, no mínimo, muito curiosa e interessante. De acordo com o presidente da agremiação, Luiz Adolpho Alves, o calunga representa uma relação muito forte com a religião e chega a encantar muitas pessoas. “Tem gente que chega aqui e começa a rezar para ele. A religião faz parte da nossa vida e o ser humano precisa acreditar em algo, ‘além disso’ aqui na terra. O Homem da Meia Noite carrega essa tradição do místico e do religioso e emana uma energia muito forte quando sai para desfilar”, revela Luiz Adolpho, presidente há 12 anos.

O Carnaval do Rio de Janeiro tem, sendo o mais famoso e procurado do Brasil, também, seu cunho religioso, tira-se pelos sambas enredos que, por muitas vezes contam histórias de lendas brasileiras, tradições e culturas africanas.

Na Bahia, o ritmo Axé já diz tudo. É tradição afoxé e cultura afro pura, sendo uma das maiores manisfestações populares do mundo, um exemplo, são os Filhos de Gandhy, os agogôs dão o ritmo, enquanto os intrumentos de sopro desenham a melodia.De mãos dadas , turbantes brancos na cabeça, o grupo abre uma roda no meio da rua e coloca uma oferenda sobre o chão de pedras do Pelourinho, em Salvador.

Começa então o padê - cerimônia na qual se pede licença e proteção para Exu, orixá ou dona da rua. O ritual, feito sempre no domingo de Carnaval, deixa clara a essência de religiosidade do que está por vir .

Os Filhos de Gandhy não é um bloco de Carnaval, é um afoxé e isso faz toda a diferença. O afoxé é o candomblé trazido para a rua, com todos os seu rituais, vestes, adereços, danças e cânticos.

O Brasil tem uma diversidade de eventos carnavalescos, aqui na cidade de Campina Grande, existem blocos de rua mas, o que tem atraído um grande número de pessoas, vinda até do exterior, é o Encontro para Nova Consciência, que reúne palestrantes de diversas áreas do esoterismo e da cultura mística.

São muitas as coisas que podemos falar sobre o Carnaval e seu lado místico, mas o Oculi Dei vai ficar por aqui e na próxima vai abordar assuntos sempre do seu interesse caro internauta.

Até lá então!

Equipe do Oculi Dei
Fontes de pesquisa: Carnaval lei já / efeito místico.com / folha uol

Um comentário:

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