Saudações caros internautas leitores do Oculli Dei!
Mais uma vez sejam mais que bem vindo a mais uma incrível postagem.
Você sabe o que é Hemoterapia?
Vamos esclarecer!
Hemoterapia é um tipo de tratamento em que uma quantidade pré-determinada de sangue é coletada de uma pessoa e, após processamento e análise, os componentes do sangue podem ser transfundidos para outra pessoa, ajudando no tratamento da doença e melhora da pessoa.
Até aí tudo bem, não é mesmo?
Agora vem o mais interessante que é a auto-hemoterapia.
Isso mesmo! A amostra de sangue é retirada da própria pessoa que vai receber o tratamento. . Embora a Anvisa desaprove a técnica, já existem pesquisas que comprovem a sua eficácia. Há quem já tenha feito o processo sozinho, ou seja, retirando o sangue e aplicando em si próprio.
O vídeo abaixo nos mostra:
Diferenças entre hemoterapia e auto-hemoterapia
A hemoterapia é um procedimento importante no tratamento de câncer e de distúrbios do sangue, como a hemofilia, por exemplo, e consiste na recolha de uma quantidade pré-determinada de sangue, que é analisada, processada e armazenada em laboratório. Nesse procedimento, os componentes do sangue são utilizados para transfusão, que pode ser de sangue total, de plasma ou de plaquetas, além de que também pode ser utilizado para produzir fatores da coagulação e imunoglobulinas, que são proteínas que atuam na defesa do organismo.
No caso da auto-hemoterapia, o sangue é coletado e volta a ser aplicado no músculo da própria pessoa, normalmente nos glúteos, gerando uma resposta de rejeição e favorecendo a atuação do sistema imunológico. Como o objetivo desse tratamento é combater doenças a partir da ativação do sistema imune, para estimular ainda mais a imunidade, a sangue poderia ser tratado com radiação ultravioleta ou ozônio, por exemplo, antes de ser reinjetado. Porém, esse procedimento é diferente da tranfusão autóloga, em que o sangue da pessoa é coletado em uma bolsa de transfusão e, após processamento, fica armazenado no laboratório para ser utilizado em transfusões da própria pessoa.
Apesar da auto-hemoterapia ser uma prática antiga e de haver relatos de que funciona, a sua realização não é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, Conselho Federal de Farmácia e pela Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, e, portanto, não é autorizada pela Anvisa, devido à falta de evidências científicas.
Por que a auto-hemoterapia pode funcionar?
O efeito benéfico da auto-hemoterapia parece estar relacionado ao fato de estimular uma resposta de rejeição do organismo quando o sangue é injetado no músculo, o que estimula a atuação do sistema imunológico. Além disso, acredita-se que quando o sangue é injetado novamente no corpo, o organismo começa a atacar esse sangue porque contém vestígios da doença que está se desenvolvendo. Quando isso acontece, o corpo poderia ganhar maior resistência contra a doença e, por isso, conseguiria eliminá-la mais rapidamente.
Um estudo realizado em 2019 por um grupo de pesquisadores da Espanha estudou os efeitos da auto-hemoterapia no tratamento da fibromialgia. Para isso, fizeram a coleta de 150 mL de sangue e o trataram com 150 mL de ozônio antes de ser reinjetado na pessoa, isso porque o ozônio seria capaz de estimular o sistema imunológico de forma mais eficaz, além de combater radicais livres. Apesar de terem tido resultados positivos relacionados à melhora dos sintomas, o estudo foi realizado apenas com 20 pessoas, não sendo o suficiente para confirmar os efeitos da auto-hemoterapia na fibromialgia, sendo necessária a realização de outros estudos com uma população maior.
Apesar de ser desaconselhada pela ANVISA e não ser reconhecida como prática clínica pelos conselhos de medicina, farmácia e pela Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, são incentivadas pesquisas relacionadas com a auto-hemoterapia, pois dessa forma é possível que existam evidências científicas que afirmem quais as indicações da prática, contraindicações, dosagem adequada, tempo de tratamento e reações adversas, por exemplo. A partir do momento que existirem informações suficientes, a auto-hemoterapia poderá ser novamente estudada pelos órgãos regulamentadores e ser avaliada em relação à sua segurança e efeitos a curto, médio e longo prazo.
Para que serve
O processo de hemoterapia pode ser feito em diversas situações, sendo mais frequentemente realizado no tratamento de pessoas que sofreram acidentes e perderam grande quantidade de sangue, durante e após grandes cirurgias e nas pessoas que sofrem de doenças relacionadas com o sangue, como leucemia, anemia, linfoma e púrpura, por exemplo.
Apesar de não ter efeitos comprovados, acredita-se que a auto-hemoterapia poderia ser utilizada como tratamento alternativo para diversas doenças como fibromialgia, bronquite, artrite reumatoide, eczema e gota, por exemplo. Além disso, acredita-se que para favorecer os resultados desse tipo de terapia, poderia ser adicionado ao sangue ozônio ou preparados de plantas medicinais, para obter maior alívio dos sintomas.
Quais os riscos para a saúde
A hemoterapia normalmente não representa riscos para o doador e o receptor, no entanto, é importante que sejam compatíveis para que não haja reações relacionadas ao processo transfusional.
Embora pareça ter vários benefícios para o tratamento de diversas doenças, a auto-hemoterapia não é aprovada pela ANVISA e, por isso, não deve ser utilizada. Os riscos da auto-hemoterapia estão relacionados à falta de informação acerca do procedimento, principalmente no que diz respeito às indicações, contraindicações, dosagem, efeitos colaterais e concentração de componentes que podem ser adicionados no sangue antes da injeção no músculo. Além disso, como o sangue não passa por qualquer processamento ou tratamento, há também o risco de transmissão de doenças infecciosas.
Equipe do Oculli Dei
Fonte: Tua Saúde
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