sexta-feira, 21 de abril de 2017

Cristianismo Esotérico. A chave de todos os mistérios




A Igreja Católica diz que Jesus foi preterido pelo povo, açoitado e crucificado, mas que tudo isso aconteceu porque ele nos ama incondicionalmente. Tanta maldade assim é revoltante não é mesmo? E tudo com o consentimento de Deus.

Contudo, os anos não apagaram dúvidas e incertezas no que se refere à verdadeira história de Cristo. Quem foi ele na adolescência? Jesus constituiu família? Teve filhos? O Catolicismo atribui a vida de Cristo em duas fases: nascimento e morte, sem nenhum fato intermediário, ou seja, dos 12 (ele entre os doutores), pulando para os 33 anos, quando foi morto na cruz.

Diante de tanto segredo guardado a sete chaves, despertando assim o saber estudioso da época, novas vertentes foram surgindo e, baseando-se nas palavras do próprio Cristo, deram início ao que chamamos de Cristianismo Esotérico - conjunto de ensinamentos conhecidos como a parte mais profundamente mística do cristianismo. É ensinado em escolas de mistérios e é, por sua natureza, um segmento minoritário, não se dirigindo às massas e nem fazendo propaganda de suas doutrinas. A este ramo pertencem o gnosticismo, o martinismo e algumas linhagens do rosacrucianismo, para citar as tradições de maior destaque.

As bases da doutrina cristã esotérica se diferenciam segundo as escolas e correntes. Segundo a escola contemporânea da Filosofia Perene de René Guénon e Frithjof Schuon, os fundamentos teóricos do esoterismo cristão, estão nos próprios ensinamentos de Jesus, como expressos especialmente no Sermão da Montanha e no Evangelho de São João. Outras correntes mais afastadas da tradição advogam conceitos como reencarnação e evolucionismo.

Segundo o Espiritismo, o Cristianismo Esotérico baseia-se na forma em como a humanidade enxerga Jesus no decorrer dos séculos e isso pode ser dividido de três formas:

- O Cristo Histórico — que segue o fio da história dos acontecimentos físicos da vida do Mestre;
- O Cristo Mítico — que segue o fio legendário;
- O Cristo Místico — que segue o caminho mais interno.

O Espiritismo explica que o Cristo Místico é o sentido mais amplo da história de Jesus e diz respeito a como o homem realiza em si mesmo o mistério do Cristo Mítico (a figura de Jesus ligada a seus predecessores – seres semelhantes a ele que simbolizam a ação do Logos no Universo e a evolução superior da alma humana).

O Logos (o organizador) desce ao seio da matéria e por isso o seu símbolo é o Deus-Sol. O Sol físico é o seu corpo e Deus é muitas vezes chamado o que habita o Sol. As filosofias e religiões derivam-se do culto ao Sol e das ideias deste culto sobre a vida, o amor e a existência. Todas se organizam no culto à força sustentadora do universo, entretanto, além de cultuá-la, cabe ao homem desenvolver esta força dentro de si mesmo para que a conheça e possa fazer uso dela.

Assim como no universo ou macrocosmo, o Cristo dos Mistérios representa o Logos, ou a 2ª pessoa da Trindade, no homem, Ele representa o segundo aspecto do Espírito Divino, chamado o “Cristo”, o ungido, o consagrado, o Salvador.

O Cristo Místico é, portanto duplo: o Logos que desce à matéria e lhe dá forma pela Palavra ou Verbo: “No princípio era o Verbo... Todas as coisas foram feitas por Ele e nada foi feito sem Ele”. Temos também o Amor ou o 2º aspecto do Espírito Divino evoluindo no homem. O primeiro representa os processos cósmicos, o outro o processo que se passa no indivíduo, sendo a última fase de sua evolução e, ao ultrapassá-la, o ser humano torna-se um Mestre de Sabedoria. (Portal Encontro Espiritual)

Segundo as histórias da Bíblia Cristã, a vida de Jesus, o Cristo, termina ou culmina com a Ascensão. Vários outros livros sacros, que originalmente formavam a biblioteca de escritos sagrados dos quais foram tirados os Livros da Bíblia que hoje são de uso corrente, continham relatos e incidentes da Vida de Jesus que não foram incluídos e, por este motivo, foram rejeitados. Os Livros da Bíblia que foram rejeitados constituem um volume separado, usado hoje em dia por muitas autoridades eclesiásticas por causa da interessante luz que lançam sobre muitos incidentes importantes da vida de Jesus e Seus Apóstolos.



A Ascensão já foi um acontecimento totalmente místico e psíquico, nada havendo nas crônicas originais que justifique a crença de que Jesus ascendeu fisicamente aos Céus, numa nuvem. As palavras de Jesus de que iria para o Pai, ou voltaria a Seu Pai dos Céus, absolutamente não pretendia indicar que Seu corpo físico também se elevaria, nem pretendeu Jesus dizer exatamente quando ou como ocorreria seu retorno espiritual. Este importante acontecimento da vida de Jesus deve ser encarado no sentido místico e espiritual, assim como Suas declarações sobre a necessidade de nascermos de novo para entrarmos no Reino dos Céus. Ele explicou com clareza que, no caso do renascimento pelo arrependimento, não se referia a um renascimento do corpo físico no decorrer da vida terrena de qualquer pessoa. A ideia da Ascensão, entretanto, foi mal interpretada como doutrina espiritual, evoluindo para a crença na ressurreição e ascensão do corpo físico; este mal entendido, encorajado pela teologia, é responsável pela rejeição de muitas doutrinas cristãs por aqueles que não podem conceber estas coisas em um sentido físico e material (Trecho extraído do livro A vida mística de Jesus de H. Spencer Lewis).


Quando se fala de esoterismo cristão, pode tratar-se de três coisas: em primeiro lugar, pode ser a Gnose Cristã, baseada na pessoa, nos ensinamento e dons do Cristo, beneficiando-se ocasionalmente de conceitos platônicos. Esta gnose crística se manifestou em particular, apesar de que de maneira desigual, em escritos como os de Clemente de Alexandria, Orígenes, Dionísio o Areopagita , Scotus Erigena, Mestre Eckhart, Nicolau de Cusa, Jacó Böehme e Angelus Silesius.

Em segundo lugar, pode se tratar do esoterismo greco-latino incorporado ao Cristianismo: pensamos aqui acima de tudo no Hermetismo e nas iniciações de ofício. Este esoterismo cosmológico ou alquímico cristianizado era essencialmente vocacional, dado que nem uma ciência, nem uma arte podem ser impostas a todo mundo.

Em terceiro lugar, e antes de tudo, e deixando de lado toda consideração histórica ou literária, podemos e devemos entender por “esoterismo cristão” a verdade pura e simples – verdade metafísica e espiritual – na medida em que ela é expressa ou manifestada mediante os dogmas, rituais e outras formas do Cristianismo." (Frithjof Schuon: O Esoterismo como Princípio e como Caminho, pp. 29-30)

Os Rosacruzes sustentam que nem o Judaísmo nem o "Cristianismo Popular", mas sim o verdadeiro Cristianismo Esotérico será a religião mundial. (Max Heindel in Conceito Rosacruz do Cosmos, [3], 1909; Fraternidade Rosacruz)

Este é o caminho da Sabedoria Divina, da verdadeira teosofia. Ela não é, como alguns pensam, uma versão diluída do Hinduísmo, ou do Budismo, ou do Taoísmo, ou de qualquer religião particular. Ela é tão verdadeiramente Cristianismo Esotérico como é Budismo Esotérico, e pertence igualmente a todas as religiões, e a nenhuma com exclusividade. (Annie Besant in Cristianismo Esotérico ou Os Mistérios Menores [4], 1914; Sociedade Teosófica)

No Cristianismo, também, especialmente no que concerne ao seu ponto central, o Mistério do Gólgota, nós temos de fazer uma distinção entre concepções esotéricas e conhecimento esotérico. Uma contemplação esotérica do Cristianismo, acessível a todo o mundo, está contida nos Evangelhos. Lado a lado com esta contemplação esotérica, sempre houve um Cristianismo esotérico para aqueles que tinham vontade - como eu disse antes - de preparar os seus corações e mentes de uma forma adequada para a recepção de um Cristianismo esotérico. (Rudolf Steiner, Cristianismo Esotérico e Esotérico [5], 1922, Sociedade Antroposófica)

Se este doutrina interior foi sempre resguardada das massas, das quais por um código simples foi dividida, não é altamente provável que os expoentes de cada aspecto da civilização moderna—filosóficos, éticos, religiosos, e científicos-sejam ignorantes do verdadeiro significado de todas as teorias e postulados em que as suas crenças são fundadas? Encobrem as artes e ciências que a raça herdou de nações mais antigas por debaixo do seu justo exterior um mistério tão grande que só o mais iluminado intelecto pode alcançar a sua importância? Tal é sem dúvida o caso. (Manly Palmer Hall, Os Ensinamentos Secretos de Todas as Eras[6], 1928, Philosophical Research Society).

Existem muitos outros apontamentos que relatam essa vertente do Cristianismo, contudo seria demasiado extenso redigi-los neste momento, por isso, a equipe do Oculi Dei encerra por aqui este capítulo, podendo ser abordado em outra oportunidade.

A você caro leitor nossos sinceros agradecimentos e até a próxima postagem!

Equipe do Oculi Dei
Outras Fontes: Wikipédia e Antiga Sabedoria


terça-feira, 11 de abril de 2017

Diabo. Aspectos e Existência





O termo ‘Diabo’, segundo a Wikipédia, é o título mais comum atribuído à entidade sobrenatural maligna da tradição cristã. É tratado como a representação do mal, em sua forma original de um anjo querubim, responsável pela guarda celestial, que foi expulso dos Céus por ter criado uma rebelião de anjos contra Deus com o intuito de tomar-lhe o trono. Com seu parecer ainda desconhecido, muitas são as tentativas de reproduzi-lo. O mais popular o levaria a ter uma cor vermelha, com feições humanas, mas com chifres, rabo pontiagudo e um tridente na mão, para remeter a um cetro. Outra forma também comum quanto ao parecer corresponde à de um ser metade humano, metade bode, com o pentagrama invertido inscritos no corpo (imagem de Baphomet).


No Cristianismo, o Diabo, na maioria das igrejas, já foi um anjo de luz e estava junto a Deus, e seu nome era Lúcifer (do hebraico hêlîl, "estrela da manhã", Lúcifer foi a tradução mais próxima). Houve uma rebelião nos céus, onde Deus lançou Lúcifer fora dos Céus junto com seus anjos seguidores (segundo o livro de Apocalipse, correspondente a 1/3 dos anjos), onde ele se tornou o responsável pelo mal no Universo.


Na Teologia Católica, especialmente Agostiniana, o Diabo é a representação de tudo o que Deus não representa: perversidade, apatia, tentação, luxúria, morte, destruição, com Deus representando a Luz que existe, e o demônio, as trevas, ou seja, a ausência da Luz. Referências Bíblicas: Isaías 14, Ezequiel 28 e Apocalipse 12.


Cristadelfianos (baseiam-se inteiramente na Bíblia e não aceitam outros textos como sendo inspirados por Deus) não acreditam que o Diabo seja um anjo caído, mas sim uma personificação do pecado manifesto em indivíduos, associações/governos civis e eclesiásticos. Não acreditam num anjo caído porque todos os anjos segundo o que entendem por Verdade Bíblica não pecam. Entre outras explicações dizem que o salário do pecado é a morte e se os anjos são imortais logo não pecam.


Conforme a Doutrina Espírita, o Diabo não existe e na prática acaba sendo uma alegoria que o Homem utiliza para a personificação do mal; é um ser alegórico, resumindo em si todas as paixões más dos Espíritos imperfeitos. Segundo resposta a pergunta 131 do Livro dos Espíritos: "Satanás é evidentemente a personificação do mal sob forma alegórica, visto não se poder admitir que exista um ser mau a lutar, como de potência a potência, com a Divindade e cuja única preocupação consistisse em lhe contrariar os desígnios. Como precisa de figuras e imagens que lhe impressionem a imaginação, o homem pintou os seres incorpóreos sob uma forma material, com atributos que lembram as qualidades ou os defeitos humanos. É assim que os antigos, querendo personificar o Tempo, o pintaram com a figura de um velho munido de uma foice e uma ampulheta. Representá-lo pela figura de um mancebo fora contrassenso. O mesmo se verifica com as alegorias da fortuna, da verdade, etc.”. 


Na Wicca, o conceito de demônios é desprezado. Simplesmente, porque a energia criativa não é positiva nem negativa.

De acordo com os picanços, somos nós quem usamos essa energia para o bem ou para o mal. Portanto, a consequência dessa ação é de nossa inteira responsabilidade, e não de um ser maligno.

O deus cornífero Cernunnos da Wicca foi injustamente confundido com o Diabo cristão, por ter chifres (na antiguidade os cornos eram fálicos, remetiam à virilidade [fertilidade], logo eram símbolos das religiões antigas europeias). Ele já era cultuado por religiões pagãs antes da chegada do Cristianismo à Europa, portanto, foi a igreja quem copiou a sua imagem e passou a caçar os pagãos durante a Santa Inquisição por condenar uma ideia de divindade diferente da sua.


A equipe do Oculi Dei conversou mais uma vez com o satanista e colaborador Erick Fenrir. Na entrevista, na visão de satanista, Erick buscou esclarecer algumas dúvidas, embora complexas, sobre os termos Diabo, Satanás, Inferno e Lúcifer (esse último já serviu de matéria em outra edição pelo próprio entrevistado).

Vamos à entrevista.

O.D. 1. O inferno existe?

Erick: Existe! Para nós satanistas o inferno é apenas uma alegoria que representa o plano espiritual regido por Satã, ou melhor dizendo, o reino de Satã. É maior que a Terra, organizado e possui hierarquia onde todos tem capacidade de evoluir. Ali vive demônios superiores, demônios inferiores, Nephilins, humanos entre outros seres do astral. Acreditamos em reencarnação com missão e propósito, e acreditamos em outros planos espirituais também.

O.D. 2. Diabos existem?

Erick: Diabo é um nome que foi dado á Satã que é inaceitável pelos satanistas, pois seu significado é acusador e quem condena e acusa é apenas o cristianismo. Demônios existem.

O.D. 3. O catolicismo e o protestantismo referem-se a eles como seres horripilantes de aspecto físicos animalescos, muito ruins, uns tortos, outros aleijados. Isso é verdade?

Erick: Têm demônios que são extremamente belos, e tem demônios que são horripilantes, lembrando que são seres não humanos, que não pertencem a esse mundo. Mas podem aparecer da forma que bem desejar! Astoroth é incrivelmente bela e dócil, porém no cristianismo e até por alguns ocultistas é um ser medonho e terrível. Muitas pessoas também confundem espíritos obsessores com demônios. 

O.D. 4. Por que a cor vermelha e o rabo de seta? Já que o chifre representa soberania e liderança.

Erick: Dizer que nosso pai Satã é aquele ser vermelho de chifre e rabinho é uma afronta (risos). Essas imagens representando o diabo foram tiradas do paganismo, das religiões antigas, temos o Deus Pan como exemplo que se tornou uma imagem que representa o diabo. A aura de nosso pai satã é Azul e não vermelha, cabelos longos negros,  algumas vezes aparece com barba outras sem, é alto, voz grossa, muito sábio, compreensível em todas ocasiões porém rigoroso, as vezes brincalhão. Lúcifer não é Satã, ele é loiro de olhos azuis, alto, tem voz suave, sábio, eloquente, elegante e é mais sério que Satã e fala tudo detalhadamente.

O.D. 5. Eles podem perseguir os homens da Terra?

Erick: Sim, até matar se for necessário, mas tem que ter um propósito nisso.

O.D. Possessão acontece por quê? São eles os causadores?

Erick: Acreditamos que semelhante atrai semelhante, se uma pessoa esta sendo perturbada por um espírito, foi ela que gerou a causa, exceto em ocasiões de feitiçaria. Acreditamos que possessões trata-se de espíritos obsessores utilizando determinada pessoa como canal para benefício  próprio. Um corpo humano não aguentaria uma possessão demoníaca, o máximo que pode ocorrer são espíritos possuir uma pessoa á mando de um demônio.

A equipe do Oculi Dei, novamente agradece por essa importante participação do nosso colaborador Erick Fenrir, mas o assunto não para por aí! Em breve, estaremos mais uma vez questionando o satanista por mais temas ligados ao anjo mais temido do Universo: Lúcifer.

À você caro leitor, nossos agradecimentos e até a próxima!  

Equipe do Oculi Dei
Fonte de acréscimos: Wikipédia
Imagem: Google

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Saudações caros internautas leitores do Oculli Dei ! Mais uma vez sejam mais que bem vindo a mais uma incrível postagem. Você sabe o...